Geoeconomia e Segurança Econômica

A Inteligência e a Contrainteligência Econômicas na Logística e Mobilização Nacional

  • Kael Weingartner Chagas
  • Peter Loab Caldenhof
Palavras-chave: geoeconomia; segurança econômica; Inteligência Econômica; Contrainteligência; Logística e Mobilização Nacional.

Resumo

Este artigo explora, sob a perspectiva da Geoeconomia e da Segurança Econômica do Brasil, as funções e especificidades da Inteligência Econômica e da Contrainteligência Econômica e suas aplicações no âmbito da Logística e Mobilização Nacional (LMN). A análise demonstra que as relações de poder e as disputas econômicas entre Estados e organizações definem os problemas abordados pela Inteligência Econômica e as ameaças específicas que a Contrainteligência tem de combater, seja no contexto de guerra econômica global, seja na lógica da economia de guerra e da continuidade das atividades produtivas e de abastecimento. Por fim, o texto explora as sinergias e limites da combinação de ambos os ramos da Inteligência na produção e na proteção de conhecimentos estratégicos e de infraestruturas críticas.

Referências

BEAUFRE, André. Introdução à estratégia. Trad. Luiz de Alencar Araripe. Rio de Janeiro, Biblioteca do Exército ed., 1998.

BONUCCI, Lorenzo. Economic Intelligence as National Security Issue, A Brief Study. Dipartimento di Scienze Politiche e Sociali, Università degli Studi di Firenze, 2016.

BRASIL, Proposta de Política Nacional de Defesa e Estratégia Nacional de Defesa, 2020. Encaminhadas, em 22 de julho de 2020, para apreciação do Congresso Nacional.

BRASIL. Fundamentos do Poder Nacional. Rio de Janeiro, RJ: Escola Superior de Guerra, 2019. Disponível em: https://www.gov.br/esg/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/fundamentos-do-poder-nacional/FPN2022.pdf.

BRASIL, Decreto nº 9.573, de 22 nov. 2018. Aprova a Política Nacional de Segurança de Infraestruturas Críticas. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, nº 225, 23 nov. 2018.

BRASIL. Decreto de 15 dez. 2017. Aprova a Estratégia Nacional de Inteligência. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, n. 241 p. 36, 18 dez. 2017.

BRASIL. Decreto nº 8.793, de 29 jun. 2016. Fixa a Política Nacional de Inteligência. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 124, p. 5, 30 jun. 2016.

BRASIL. Lei nº 11.631, de 27 dez. 2007. Dispõe sobre a Mobilização Nacional e cria o SINAMOB. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 144, n. 249, p. 1, 28 dez. 2007.

BRASIL. Lei nº 9.883, de 7 dez. 1999. Institui o SISBIN, cria a ABIN e dá outras providências. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 137, n. 234, p. 49-50, 8 dez. 1999.

BRASIL, Portaria nº 73/1988. Manual Básico de Mobilização Nacional.

BRASIL. Exposição de Motivos nº 6, de 14 de setembro de 1987, SG/CSN.

BRASIL. Exposição de Motivos nº 2, 1983. Bases da doutrina de Mobilização Nacional, SG/CSN.

BRITO, Vladimir de Paula. O papel informacional dos serviços secretos. 2011. Dissertação (Mestrado) - UFMG, 2011.

BRUNEAU, Thomas. Intelligence and democratization: the challenge of control in new democracies. In: occasional paper #5. Monterey/California: The Center for Civil-Military Relations – Naval Postgraduate School, Março, 2000.

BRANCO, E. C. C. Indicadores Econômicos na Análise de Inteligência – Estudo sobre os índices de risco soberano. Revista Brasileira de Inteligência, n. 12, p. 91-105, dez. 2017.

CEPIK, Marco. Inteligência militar e política de defesa. In: Seminário de Política de Defesa para o século XXI. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2003. Pp. 111- 123

CHAGASTELES, Sérgio. Hipóteses de emprego na determinação da estrutura militar: custos, organização e dimensões na Marinha. In: Seminário de Política de Defesa para o século XXI. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2003. p. 145 – 153.

CHUTER, David. Governing & Managing the Defence Sector. Institute for Security Studies, Africa do Sul, 2011.

COSTA, Manom Tavares da; GÓES, Guilherme Sandoval. Sistema de Mobilização Nacional frente uma ameaça externa e a segurança energética (marítima). In: Cadernos do Desenvolvimento Fluminense. Rio de Janeiro, n. 24, Edição especial, jan.- jun. 2023.

COSTA e SILVA, A indústria de Defesa – sua importância estratégica para o Brasil. Caderno de Estudos Estratégicos de Logística e Mobilização Nacionais. Rio de Janeiro: Escola Superior de Guerra, Divisão de Assuntos de Logística e Mobilização, v. 1, n. 3 , p. 137-153, jan./dez. 2011.

DCAF Intelligence Working Group. Intelligence Practice and Democratic Oversight. In: A Practitioner’s View Occasional Paper n. 3, Geneva, July 2003.

DCAF – Geneva Centre for Security Sector Governance. SSR in a Nutshell. In: Manual for Introductory Training on Security Sector Reform. ISSAT, 2012.

DCAF – Geneva Centre for Security Sector Governance. National Security Policies. SSR Backgrounder Series Geneva: DCAF, 2015.

FARIAS, Antônio Cláudio Fernandes; CARVALHO, Antônio Augusto Muniz. Biodiversidade, biopirataria e inteligência. Diálogos Soberania e Clima, Brasília, Centro Soberania e Clima, ano 1, v. 1, n. 5. 2022.

FINGAR, Thomas. Reducing uncertainty: intelligence analysis and national security. Stanford University: Stanford University Press, 2011.

FOLGADO, Pedro. A Segurança Económica e a Necessidade de um Sistema de Informações Económicas. ResPublica, n. 15, p. 87-99, 2015.

FRAUMANN, Edwin. Economic Espionage: Security Missions Redefined. Public Administration Review, v. 57, n. 4, p. 303-308, Jul/Aug. 1997.

GONÇALVES, Joanisval Brito. Atividade de Inteligência e Legislação Correlata, 6. ed. Niterói, RJ: Impetus, 2018. 472p.

KHANNA, Parag. Connectography: mapping the future of global civilization. New York, Random House, 2016.

NYE, Joseph. Compreender os conflitos internacionais. Uma introdução à teoria e à história. Lisboa: Gradiva, 2002.

OLIER, Eduardo. Geoeconomía: las claves de la economía global. Madrid: Ed. Pearson., 2012.

PLATT, Washington. Produção de informações estratégicas. Trad. Major Álvaro Galvão Pereira e Capitão Heitor Aquino Ferreira. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército: Livraria Agir Editora, 1974.

POTTER, Evan H. (org.). Economic Intelligence & National Security. Canada: Carleton University Press, 1998.

RIBEIRO, Anna Carolina Mendonça Lemos. Sistema brasileiro de inteligência econômica: reflexões para o estabelecimento de uma rede inicial de atores. 2016. Dissertação (Mestrado) - UnB, Brasília, 2016.

RICKARDS, James G. Economic Security and National Security: interaction and synthesis. Strategic Studies Quarterly, Air University Press, v. 3, n. 3, p. 8-49, Fall 2009), p. 8-49.

RODRIGUEZ, Juan Ferrer. Seguridad Económica e Inteligencia Estratégica de España. Documento Opinión, Instituto Español de Estudios Estratégicos, n. 85, 5 dic. 2011.

RUDZIT, Gunther; NOGAMI, Otto. Segurança e Defesa Nacionais: conceitos básicos para uma análise. Rev. Bras. Polít. Int., v. 53, n. 1, p. 5-24, 2010.

SOUZA, Delanne Novaes de. Inteligência Econômica de Estado: necessidade estratégica para o Brasil. Revista Brasileira de Inteligência, Brasília: Agência Brasileira de Inteligência, n. 13, p. 129 – 148, dez. 2018.

VIDEIRA, Antonio Celente. Da industrialização militar à Mobilização Nacional. Rio de Janeiro: Ed. Luzes: Comunicação, Arte & Cultura, 2019.

Publicado
2023-10-26
Como Citar
WEINGARTNER CHAGAS, K.; LOAB CALDENHOF, P. Geoeconomia e Segurança Econômica: A Inteligência e a Contrainteligência Econômicas na Logística e Mobilização Nacional. Revista Brasileira de Inteligência, n. 18, p. 33-50, 26 out. 2023.