ESTAMOS EM OBRAS
MULHERES E ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA
Resumo
Estudos sobre mulheres na atividade de Inteligência frequentemente recaem em relatos biográficos sobre pioneiras ou curiosidades sobre grandes feitos assinados por figuras femininas; o presente trabalho, em abordagem diversa, busca refletir sobre práticas cotidianas limitantes para as carreiras das mulheres. A sub-representação em cargos estratégicos, o silêncio sobre questões de gênero na arquitetura coorporativa e a persistência de ideias pré-concebidas e estereótipos sobre mulheres são discutidos neste artigo, que reconhece também — mas por ora exclui da análise — a existência de outras condições que, somadas ao gênero, tornariam ainda mais complexa a avaliação de impactos, como etnia, idade, corporeidade, condição socioeconômica. O estudo conclui que defender características baseadas em gênero como definidoras de predisposições é uma armadilha para homens e mulheres.
Referências
ambiente de trabalho machista. Fábrica 231, 2018.
BONESTEEL, Alyssa. Evolving Perspectives of Women in Intelligence: Can Women Have It
All? Honors Theses. 2017. Disponível em: //digitalworks.union.edu/theses/10. Acesso
em: 24 de jul. 2020.
CIA. Central Intelligence Agency. Glass Ceiling Study Summary. Disponível em: https://
www.cia.gov/library/readingroom/docs/1992-01-01.pdf. Acesso em: 24 jul. 2020.
CIA. Analytic Positions. Disponível em: https://www.cia.gov/careers/opportunities/
analytical. Acesso em: 27 jul. 2020.
CRUZ, Anna. Aprimoramento da capacidade analítica e o avanço na profi ssionalização da
atividade de Inteligência. 2019 Trabalho de Conclusão de Curso (Aperfeiçoamento em
Inteligência) ESINT/ABIN, Brasília, 2019.
FIGUEIREDO, Mirela de Oliveira et alii. Terapia ocupacional: uma profi ssão relacionada
ao feminino. Hist. cienc. saude-Manguinhos [online]. 2018, v. 25, n. 1 [cited 2020-
07-23], pp.115-126. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S0104-59702018000100115&lng=en&nrm=iso. ISSN 1678-4758. https://
doi.org/10.1590/s0104-59702018000100007.
FOX, Amaryllis. Ser mulher é o mais adequado para fazer espionagem. [Entrevista
concedida a Edilson Saçashima]. Disponível em: https://tab.uol.com.br/noticias/
redacao/2020/03/31/ser-mulher-e-o-mais-adequado-para-fazer-espionagem-diz-exagente-
da-cia.htm. Acesso em: 19 nov. 2020.
HARALDSDÓTTIR, Freyja. Being a disabled feminist killjoy in a feminist movement. In:
The Routledge Handbook of the Politics of the #MeToo Movement. 2021. Excerto de livro
disponível em: https://books.google.com.br/books?id=fREIEAAAQBAJ&printsec=frontc
over&hl=pt-BR#v=onepage&q&f=false. Acesso em: 20 nov. 2020.
HOOKS, Bell. O Feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. Rio de Janeiro:
Rosa dos Tempos, 2018.
MARTIN, Amy J. America’s Evolution of Women and Their Roles in the Intelligence
Community. Journal of Strategic Security 8, n. 3 Suppl. pp 99-109, 2015
MEDEIROS, Vanessa. British Women in Espionage: From Heroes to Housewives. Liberated
Arts. A Journal for Undergraduate Research. v. 1. Issue1. 2015.
NETO, Felix; SASTRE, María Teresa & MULLET, Etienne. Estereótipos de género nas profi ssões. Psicologia, Educação e Cultura, v. V, n. 2, pp. 251-269, 2001.
OIT. Beyond the glass ceiling: why businesses need women at the top. Disponível em: https://
www.ilo.org/infostories/en-GB/Stories/Employment/beyond-the-glass-ceiling. Acesso
em: 12 nov. 2020.
OLIVEIRA, Anita. A espacialidade aberta e relacional do lar: a arte de conciliar
maternidade, trabalho doméstico e remoto na pandemia de Covid-19. Rev. Tamoios,
São Gonçalo (RJ), ano 16, n. 1, Especial COVID-19. p. 154-166, maio 2020.
ROBINSON, Donald. America’s Women Spies. Cosmopolitan. May 1951. Disponível em:
https://www.cia.gov/library/readingroom/docs/CIA-RDP74-00297R001200300003-6.
pdf. Acesso em: 24 jul. 2020.
SABHARWAL, Meghna. From Glass Ceiling to Glass Cliff : Women in Senior Executive
Service. Journal of Public Administration Research and Theory Advance. June 13, 2013.
SCHMID MAST, Marianne. Men are hierarchical, women are egalitarian: an implicit
gender stereotype. Swiss Journal of Psychology, v. 63, n. 2, p. 107-111, 2004.
Copyright (c) 2021 Revista Brasileira de Inteligência
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.