PANORAMA DA AMEAÇA CIBERNÉTICA À AVIAÇÃO CIVIL

  • Mateus Vidal Alves Silva
Palavras-chave: ameaças, ataque cibernético, aviação civil, inteligência da aviação civil, infraestruturas críticas

Resumo

O artigo apresenta abordagem inicial da ameaça de ataque cibernético à aviação civil, sob a ótica conceitual da inteligência da aviação civil. Formulou-se o seguinte problema de pesquisa: quais os parâmetros essenciais para estruturar um panorama da ameaça cibernética como fenômeno que interage e desafia a inteligência da aviação civil? A metodologia propõe pesquisa básica, exploratória e qualitativa, mediante revisão da literatura, utilizada para delinear os marcos teórico-conceituais, as estruturas, as análises e a casuística. A Política Nacional de Inteligência (PNI) destaca a ameaça cibernética, com crescimento exponencial e ampla gama de alvos elegíveis e interconectados. É ameaça assimétrica dinâmica, que apresenta múltiplos formatos e atores possíveis e tem potencial de danificar ativos e infraestruturas críticas. A aviação civil é alvo recorrente de interferências ilícitas. Nessa área, a ameaça cibernética é real e poderia resultar em episódio classificável como “cisne negro”, nos moldes dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. Ao abordar a ameaça de ataque cibernético à aviação civil contemplam-se os conceitos aplicáveis, o estado da arte da inteligência da aviação civil, a irrefutabilidade de possíveis falhas, os alvos potenciais, as categorias de atores e suas motivações, a capacidade de agir e os possíveis métodos de ataque. As considerações finais apontam para a possibilidade de evoluções intermediadas por uma política de mitigação de riscos relacionados à ameaça cibernética na aviação civil subsidiada por análises estruturadas de inteligência.

Biografia do Autor

Mateus Vidal Alves Silva

Bacharel em Direito. Especialista em Inteligência de Estado e Inteligência de Segurança Pública (INASIS).

Publicado
2019-12-01
Como Citar
SILVA, M. V. A. PANORAMA DA AMEAÇA CIBERNÉTICA À AVIAÇÃO CIVIL. Revista Brasileira de Inteligência, n. 14, p. 67-84, 1 dez. 2019.